
Janet Leigh é um dos grandes ícones da Era de Ouro de Hollywood, lembrada tanto por sua beleza clássica quanto por seu talento dramático. Com uma carreira que atravessou décadas e diversos gêneros cinematográficos, Leigh consolidou-se como uma atriz versátil e uma figura eternizada na história do cinema.
Início da Vida e Carreira
Nascida Jeanette Helen Morrison em 6 de julho de 1927, na cidade de Merced, Califórnia, Janet cresceu em uma família de classe média. Sua entrada no mundo do entretenimento foi um tanto quanto inesperada: uma fotografia tirada por um amigo da família chegou às mãos da atriz Norma Shearer, que a indicou para executivos da MGM. Com seu carisma e fotogenia, Leigh rapidamente chamou atenção e assinou contrato com o estúdio ainda na adolescência.
Sua estreia no cinema aconteceu em 1947, no filme “The Romance of Rosy Ridge”. A partir daí, Janet tornou-se uma presença constante nas telas, estrelando uma série de filmes que exploravam seu talento para o drama, o suspense e até a comédia.
Ascensão em Hollywood
Durante a década de 1950, Leigh consolidou sua posição em Hollywood, estrelando filmes de destaque como “Little Women” (1949) e “Scaramouche” (1952). Sua habilidade em assumir diferentes tipos de papéis a tornou uma das atrizes mais requisitadas de sua época.
Janet Leigh também brilhou em musicais, romances históricos e filmes noir, demonstrando uma capacidade rara de transitar entre diferentes gêneros com naturalidade e elegância.
Em 1951, casou-se com o ator Tony Curtis, formando um dos casais mais célebres da época. O casamento, que duraria até 1962, resultou em duas filhas, incluindo a futura atriz Jamie Lee Curtis.
O Papel Icônico em “Psicose”
Embora tenha protagonizado diversos sucessos ao longo de sua carreira, Janet Leigh é mais lembrada por seu papel em “Psicose” (1960), dirigido por Alfred Hitchcock. No papel de Marion Crane, Leigh protagonizou uma das cenas mais famosas da história do cinema: o assassinato no chuveiro.
Sua performance foi aclamada pela crítica e lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, além de vencer o Globo de Ouro na mesma categoria. “Psicose” solidificou sua posição como uma lenda de Hollywood e marcou um ponto de virada na maneira como o suspense psicológico seria abordado no cinema.
Fase Posterior da Carreira
Após o sucesso de “Psicose”, Janet Leigh continuou atuando em filmes e séries de televisão, embora em um ritmo mais desacelerado. Alguns de seus trabalhos posteriores incluem participações em filmes como “The Manchurian Candidate” (1962) e “Harper” (1966).
Nos anos 1980, ela atuou ao lado de sua filha Jamie Lee Curtis em filmes como “The Fog” (1980) e “Halloween H20: 20 Years Later” (1998), demonstrando que seu talento continuava relevante mesmo com o passar das décadas.
Além da atuação, Leigh também se aventurou na escrita, publicando livros como “There Really Was a Hollywood” e o romance “House of Destiny”.
Legado
Janet Leigh faleceu em 3 de outubro de 2004, aos 77 anos, vítima de vasculite. Seu legado, no entanto, permanece vivo. Seja pelo impacto cultural de “Psicose”, seja pela sua contribuição para o cinema clássico, Leigh continua a inspirar gerações de artistas e cinéfilos.
Sua imagem de beleza etérea combinada com talento dramático puro fez dela uma das estrelas mais respeitadas da história do cinema. Mais do que uma musa de Hollywood, Janet Leigh é uma prova do poder duradouro da arte cinematográfica.